quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Dia 02 - Posadas - San Salvador de Jujuy - 1.200 km

Sim, é isso mesmo: Edu e Montanha entraram para o seleto clube dos 1.000 km, diga-se de passagem, com folga, já que vencemos 1.200 km hoje, de Posadas a Jujuy. Percorremos o trajeto em cerca de 13 horas de pilotagem, agora sim, com uma média bem razoável (ao contrário de ontem).

O dia transcorreu bem, sem grandes novidades. Como previsto, os dois primeiros dias foram de aquecimento. Amanhã começa a diversão, com travessia dos Andes pelo Paso de Jama e Deserto de Atacama num só dia (e a consequente enxurrada de fotos). A maior parte do trajeto de hoje foi por uma região sem nenhum atrativo na Argentina, cruzando as províncias de Corrientes, Chaco e Salta. Retas sem fim, calor oscilando entre 35 e 40 graus e racionamento de gasolina. Em alguns momentos, deu trabalho pra conseguir abastecer a moto. E pior, quando tinha gasolina, ninguém aceitava cartão. Mas no fim deu tudo certo.

Cruzamos muitos motociclistas hoje. Um grupo de São Paulo, outro de Curitiba, um solo de Goiania. Nos chamou a atenção o fato que com exceção de uma Hayabusa (coitado do piloto....) e de uma V-Strom, todas as outras motos (umas 8 no total) eram BMWs GSA. Nunca vi tantas num espaço de tempo tão curto. E, falando em motociclistas, esqueci de comentar, mas anteontem, na saída do Posto Petrobras do lado do Barigui, parecia reunião de motoclube. Muitas motos paradas, com chuva e tudo, pra aguardar os grupos se reunirem e irem pra estrada. Definitivamente, esta época é o "período de ouro" pro pessoal que curte longos trajetos pela América do Sul.

De inusitado, um quase atropelamento de uma cabra pelo caminho, alguns passarinhos levados a óbito pelas motos (sorry ambientalistas, juramos que não era nossa intenção, mas eles parecem que se sentem atraídos pelas motocicletas...) e, é claro, a cagada do dia!!!!! Hoje foi a vez do Montanha, que num dado momento, numa das intermináveis retas, estava pilotando em pé e resolveu olhar não se sabe o que na bota... Resultado: foi passear no acostamento (acostamento é figura de linguagem, já que o que tinha do lado da estrada nada mais era do que terra e mato) em uma velocidade que, definitivamente, não recomendava a prática. Felizmente, o sangue frio (e o curso de pilotagem da BMW...) permitiram ao moço manter a calma e trazer a moto de volta pra estrada sem maiores problemas.

Também estamos tendo sorte com os guardas, não fomos parados nenhuma vez até aqui. Um dos grupos que cruzamos foi parado por um policial que, honestamente, disse que não queria nem ver a documentação mas queria pedir uma contribuição para a corporação. O "honestamente" da frase anterior não foi irônico. Na verdade, penso ser muito mais adequado ir direto ao ponto. Melhor que o cara ficar tomando o nosso tempo tentando achar pretexto pra nos tirar dinheiro...

Fim do dia, decidimos não entrar em Salta e tocamos direto a Jujuy. Cidade grande, histórica, mas, pelo que vimos (reconheço não ser muito), bem feia e suja. Mas o hotel (Howard Johnson, sábia indicação do amigo Luiz Leão) salvou o dia e antes de jantar, afundamos as carcaças na piscina.

Amanhã tem mais. E, o melhor, o dia promete!!!!!!

Na piscina do hotel, momento Brockeback Mountain, meninos de macarrão azul, meninas de macarrão amarelo... :-)

Punhos dos animais torrados de sol. Resultado da falta de proteção na estreita faixa entre o término da luva e o começo da manga da jaqueta...

Um comentário:

loribas disse...

Vou comentar o que ? Momentos brokeback ? vou dizer: eu já sabia! Kkkk mudando de saco pra mala entao a crise de gasosa é real?